Porcelanato sustentável: empresas adotam soluções tecnológicas para atender as novas exigências do consumidor

Com consumidores cada vez mais exigentes, a sustentabilidade passou a ser uma das prioridades ao escolher produtos e serviços, inclusive nos setores de arquitetura e construção. Além de estarem atentos aos processos produtivos dos materiais, os clientes buscam soluções que tenham um apelo sustentável para o desenvolvimento de seus projetos, o que pode gerar uma economia de até 25% no custo total.

Reciclar insumos e resíduos já é comum durante a execução de uma obra, mas o mercado evoluiu muito e, hoje, a sustentabilidade chegou aos revestimentos utilizados para acabamento. As empresas estão mais preocupadas com o impacto ao meio ambiente e têm aplicado novas tecnologias que vão dos sistemas de fabricação, como redução de consumo de água e energia, à matéria-prima utilizada em cada produto.

A Portinari, por exemplo, tem a certificação LEED Compliance (em português, Liderança em Energia e Design Ambiental), um dos maiores programas internacionais de selos “verdes” para edificações. A companhia, que pertence ao grupo Duratex, desenvolve produtos com base em pesquisas e tendências globais e promove investimentos constantes em inovações tecnológicas. Uma de suas conquistas em relação à proteção ambiental foi o Selo Verde, que possui como critérios de avaliação a água e efluentes, energia, matérias-primas e resíduos, emissões atmosféricas e educação ambiental.

Em Urussanga, interior de Santa Catarina, a Duratex possui uma fábrica 4.0 de revestimentos cerâmicos das marcas Portinari e Ceusa, que passou por um processo de modernização iniciado em 2006 e está totalmente automatizada. Atualmente, a produção é controlada digitalmente, com monitoramento de desvios para correções durante a fabricação, via mobile, agilizando as decisões, reduzindo os controles manuais e os custos, e aumentando a produtividade.

Em termos de sustentabilidade, a fábrica reduziu o consumo de água na produção, de gás no forno, de materiais de escritório e energia elétrica, além de poder contar com melhores índices de eficiência, com a visualização de indicadores de produção por meio de aplicativo.

A Portobello é outra grande empresa de revestimentos cerâmicos que acredita em um futuro com gestão de recursos, para que a arquitetura seja inteligente, otimizada e sustentável. Entre suas ações, a empresa recicla, reutiliza ou recupera mais de 99% dos resíduos gerados; utiliza gás natural em 100% dos seus fornos e secadores; faz captação própria em circuito fechado de água; e recupera 100% das áreas de extração.

Revestimentos sustentáveis

Os revestimentos cerâmicos substituem recursos naturais não renováveis, de maneira que sua aplicação faz muito mais sentido técnica e ambientalmente. Além do mármore, o porcelanato consegue reproduzir qualquer tipo de material encontrado na natureza, como os diversos tipos de madeira. As peças são de fácil instalação e manutenção, têm alta durabilidade e ainda preservam o meio ambiente.

A extração do mármore, por exemplo, agride a natureza e desperdiça 50% do material. Já o porcelanato marmorizado exige apenas a retirada superficial de suas matérias-primas e 99% são reaproveitadas. Produtos com elementos reciclados em sua composição têm ganhado força no mercado e conquistado muitos adeptos da cultura de reutilização.

Entre as soluções sustentáveis estão os porcelanatos em megaformatos, que reduzem a necessidade de rejuntes e ainda trazem novas possibilidades estéticas. A evolução do design e da tecnologia possibilitam que as lastras de porcelanato reproduzam das madeiras mais nobres aos mármores clássicos e outras pedras naturais, porém com características técnicas mais adequadas para o uso como revestimento e menor impacto ambiental.

São infinitas as possibilidades de uso das lastras, de detalhes em cabeceiras de cama, painéis decorativos para salas de estar e jantar, bancadas e até revestimento de pisos e paredes em banheiros. As peças atuam como elementos construtivos visualmente integrados aos detalhes arquitetônicos, valorizando todos os demais componentes do ambiente e permitindo liberdade e criatividade na aplicação.

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